Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cór...
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto?
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar...
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar...
Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer...
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão!
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração...
sexta-feira, 23 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
Tem dias que a gente se sente;
Como quem partiu ou morreu;
A gente estancou derrepende;
Ou foi o mundo então que cresceu;
A gente quer ter voz ativa;
No nosso destino mandar;
Mas eis que chega a roda-vida;
E carrega o destino, pra la;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
A gente vai contra a corrente;
Até nao poder resistir;
Na volta do barco é que sente;
O quanto deixou de cumprir;
Faz tempo que a gente cultiva;
A mais linda roseira que há.
Mas eis que chega Roda-Viva;
E carrega a roseira pra lá;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
A roda da saia, a mulata;
Nao quer mais rodar não senhor;
Nao posso fazer serenata;
A roda de samba acabou;
A gente toma a iniciativa;
Violoa na rua a cantar;
Mas eis que chega a roda-vida;
E carrega a viola, pra lá;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
O samba, a mulata, a roseira;
Um dia a fogueira queimou;
Foi tudo ilusão passageira;
Que a brisa primeira levou;
No peito a saudade cativa;
Faz força pro tempo parar;
Mas eis que chega a roda-vida;
E carrega a saudade pra lá;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
Como quem partiu ou morreu;
A gente estancou derrepende;
Ou foi o mundo então que cresceu;
A gente quer ter voz ativa;
No nosso destino mandar;
Mas eis que chega a roda-vida;
E carrega o destino, pra la;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
A gente vai contra a corrente;
Até nao poder resistir;
Na volta do barco é que sente;
O quanto deixou de cumprir;
Faz tempo que a gente cultiva;
A mais linda roseira que há.
Mas eis que chega Roda-Viva;
E carrega a roseira pra lá;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
A roda da saia, a mulata;
Nao quer mais rodar não senhor;
Nao posso fazer serenata;
A roda de samba acabou;
A gente toma a iniciativa;
Violoa na rua a cantar;
Mas eis que chega a roda-vida;
E carrega a viola, pra lá;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
O samba, a mulata, a roseira;
Um dia a fogueira queimou;
Foi tudo ilusão passageira;
Que a brisa primeira levou;
No peito a saudade cativa;
Faz força pro tempo parar;
Mas eis que chega a roda-vida;
E carrega a saudade pra lá;
Roda mundo, roda gigante;
Roda moinho, roda pião;
O tempo rodou num instante;
Nas voltas do meu coração;
Assinar:
Postagens (Atom)